terça-feira, 8 de abril de 2014

Preparando-se para concursos públicos

Breve relato da palestra "Preparando-se para concursos públicos", realizada por Bruno Zampier em 3 de abril no Setor Braille. 

Bruno Zampier é professor do Supremo Concursos e delegado de Polícia Federal. Ele contou que iniciou a carreira em Ponta Porã (MS) – na divisa com o Paraguai; foi para o Rio de Janeiro (RJ); e retornou a Belo Horizonte (MG), depois de 15 anos.
Em 2002, ele começou a dar aulas no ´cursinho´ Praetorium. Em 2009, abriu o Supremo, que é, atualmente, o maior curso da capital mineira em preparação jurídica. 
Segundo ele, TODOS SABEM AS VANTAGENS DE SER SERVIDOR PÚBLICO, como ter uma vida tranquila e estável (não dá para ficar rico!); gozar férias mais planejadas; receber salário acima da média dos brasileiros; e contar com aposentadoria estável e melhor. No entanto, poucos estão, de fato, dispostos a pagar o preço para chegar lá e ser aprovado em um concurso. O CAMINHO É DURO E ÁRDUO. Demanda tempo, dedicação, abdicação. E, para essas dificuldades, poucos estão afetos (querendo verdadeiramente).
Ele exemplificou esta questão, dizendo que, em 2012, fez um levantamento, no qual cerca de 15 milhões de pessoas já haviam se inscrito em um concurso. No entanto, apenas 500 mil delas fizeram um curso preparatório. E mesmo entre aqueles que tentaram se preparar, muitos vão na primeira aula, depois começam a arranjar um tanto de desculpas e desistem.   
Primeiro ponto é o INTERESSE. Já o segundo passo é passar para a REALIDADE (enfrentá-la). E, para isso, é preciso preparação. É necessário procurar apoio e pessoas com experiência. Tem que visualizar o que é o concurso.
Todo ser humano é feito de ambição e desejos. Cada um tem a sua motivação. Bruno falou, que, para ele, é interessantes poder ajudar hoje, quem já o ajudou no passado.
Cada concurso exige um nível de preparação distinto. Geralmente, os que pagam mais exigem um nível de especificidade maior e, consequentemente, mais estudo. Exemplo dessas carreiras é perito e auditor, que, em âmbito federal, o salário inicial bruto é em torno de R$ 15 mil.
Tendência no Brasil, a partir do governo do Fernando Henrique Cardoso, é aumentar o número de faculdades (e de universitários!). Isso tem reflexos nos concursos. Por exemplo, CADA VEZ AUMENTA MAIS O NÍVEL DE ESCOLARIDADE EXIGIDO. Um exemplo são os cargos de policial militar do Distrito Federal (DF) e de investigadores da Polícia Civil, que exigiam nível médio e, agora, requerem pessoas com formação superior. Bruno acredita que, em 5 a 10 anos, a grande maioria das carreiras públicas vai exigir Ensino Superior como escolaridade mínima. Tem que ter esta visão de planejamento e já ir se preparando. 
O concurso público é um DESAFIO PESSOAL, que exige muito comprometimento. É necessário se programar para um período de privações (tempo livre, contato familiar e diversas atividades de lazer). Não precisa se preocupar com a concorrência, porque 99% dos candidatos costumam ser aventureiros (como já dito acima!).  É preciso voltar para si mesmo, ter a cabeça higienizada e saber que não é apenas um ato. É TODO UM PROCESSO. Geralmente, a pessoa não será aprovada nas primeiras tentativas.
O TEMPO necessário para cada um ser aprovado envolve MUITAS VARIÁVEIS. Depende da bagagem cultural do candidato, da intensidade que esse vai se dedicar aos estudos, do nível do conhecimento que possui (diploma não diz muito – importa como conseguiu esse); da estrutura pessoal e familiar; entre outros fatores.
Outra dica é estabelecer METAS POSSÍVEIS. Não cair em armadilhas do cérebro. Quando estabelece metas irreais acaba desistindo. Precisa ter auto-conhecimento para organizar o estudo, adequando intervalos para banheiro, comer e fazer ligações. 
Segundo estudos de psicopedagogos, uma forma de verificar a eficiência do estudo, é tentar repetir com facilidade aquilo que foi estudado.
Não tentar aprender por quantidade, mas sim pela retenção da informação. Se não entender algo, ler de novo até conseguir. Buscar usar sempre o raciocínio e evitar a decoreba. Encontrar pertinência e processos mnemônicos.
AULA ONLINE é uma boa ferramenta tecnológica a favor dos estudantes. Podem ter contato com professores de longe (às vezes, específicos). Costuma ser mais barato que cursos presenciais. Também é legal para pessoas com deficiência visual. É preciso ter mais disciplina, pois pode ir acumulando um tanto de vídeos.
QUADRO DE HORÁRIOS são bons para organizar, mas devem ser feitos coerentes com a realidade e a personalidade do ‘concurseiro’.
Nesta hora, é preciso pensar que concurso vai fazer, para direcionar os estudos, adequando às matérias, que serão cobradas.
E essa decisão tem que ser bem pensada para a pessoa ser feliz e fazer com alegria aquilo por 20 ou 30 anos da sua vida.
Ver a carreira que se adequa ao jeito de ser e ao que gosta de fazer e não só pensar na remuneração.
Quando der errado e for reprovado, a pessoa tem direito de ficar triste. Mas tem que ter em mente que é um processo. Avaliar o que errou e seguir em frente. Se a questão for nervosismo, talvez valha a pena o acompanhamento psicológico.
Depois, é ´sentar´ de novo e continuar estudando.
 INIBIDORES:
  • metas irreais
  • Facebook, Whatsapp, telefone, novelas e outros que podem fazer perder tempo - são horas que deveriam ser convertidas em estudo.  “Maioria é supérfluo”, avalia Bruno.
  • Família: às vezes, é preciso ter uma conversa sincera com as pessoas próximas e avisar que vai ficar um tempo ausente, mas que é para um futuro melhor para todos.
Ele finalizou lembrando que se tem algo que ninguém nunca poderá tirar de você é o ESTUDO.

Contem com o Setor Braille para auxiliá-los nesta caminhada!

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